Próxima fase do projeto Ocean of Things vai lançar sensores para recolha de dados
Lisboa, 2 de novembro 2020 – PARC, área de divisão de pesquisa da Xerox, acaba de ser homenageada pela Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) no pelo contributo dado à próxima fase de desenvolvimento do Ocean of Things, um projeto que visa ampliar o conhecimento dos cientistas sobre os mares.
Este projeto, anunciado inicialmente pela DARPA em 2017, tem vindo a colocar, no sul da Califórnia e no Golfo do México, pequenos drifters para recolher dados sobre o impacto humano no meio ambiente.
Alguns dos dados recolhidos são a temperatura da superfície do mar, o estado do mar, as atividades na superfície e até mesmo informações sobre a vida marinha existente na região.
“Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, mas ainda sabemos muito pouco sobre eles”, afirma Ersin Uzun, Vice-Presidente e Diretor Geral da equipa de IoT, da Xerox.
“Os drifters possibilitam uma recolha de dados nunca antes pensada, permitindo assim uma consciência marítima em tempo real.”
Cada drifter é movido a energia solar e é composto por aproximadamente 20 sensores, incluindo uma câmara, GPS, microfone, hidrofone e acelerômetro.
Os diferentes sensores podem fornecer dados muito amplos que vão desde a poluição do oceano, à aquicultura e às rotas de transporte.
Foram os mais de 50 anos de experiência do PARC que permitiu desenvolver e projetar, através de tecnologias de última geração, o drifter que melhor se adaptaria aos requisitos deste projeto da DARPA.
Entre muitos outros fatores, o flutuador tinha de ser produzido com materiais ambientalmente seguros, ser capaz de sobreviver um ano ou mais em condições marítimas adversas, antes de submergir com segurança e usando técnicas analíticas avançadas, processar e partilhar os dados recolhidos.
O PARC construiu, para a primeira fase do projeto 1.500 drifters e para esta segunda fase cerca de 10.000, sendo estes agora ainda mais compactos e económicos.
Os dados obtidos nesta primeira fase vão ajudar a otimizar ainda mais o projeto final, altura em que a DARPA espera instalar uma grande quantidade destes drifters para fornecer informações contínuas e uma melhor compreensão dos oceanos.